Na hora de se escolher um bom investimento, a rentabilidade não deve ser a única variável a ser avaliada pelo investidor. O risco de liquidez por exemplo, também deve ser levado em consideração neste momento.
Risco é a possibilidade de algo não sair conforme o esperado e com o de liquidez não é diferente.
Ele pode ser entendido como o risco assumido de não se transformar o bem ou ativo em dinheiro no prazo desejado.
No mundo dos investimentos este risco é uma forma de se avaliar em quanto tempo, e sob quais condições, uma pessoa poderá resgatar ou transferir seu investimento.
Já nos negócios ele reflete a capacidade de uma empresa satisfazer suas obrigações de pagamento no curto prazo, ou seja, de converter seus ativos em dinheiro suficiente para cumprir seus compromissos financeiros.
Apesar de sua importância, esse risco muitas vezes é ignorado pelos investidores, que acabam por comprar ativos de baixa liquidez e podem acabar por perder muito dinheiro ao vende-los com pressa.
Como diferenciar alto e baixo risco de liquidez
A liquidez de um ativo está relacionada ao esforço necessário, seja em termos de tempo ou custo, para convertê-lo em dinheiro disponível.
Alto risco de liquidez: denominamos um investimento de alto risco de liquidez, ou seja, com pouca liquidez, quando o processo de negociação demanda mais tempo e envolve taxas adicionais caso ocorra o resgate antecipado. Exemplos disso são certos fundos de investimento e imóveis, os quais apresentam maior dificuldade em se converter em dinheiro rapidamente.
Baixo risco de liquidez: por outro lado, o baixo risco de liquidez, ou alta liquidez, indica que o investidor pode resgatar seu investimento de forma rápida, possivelmente no mesmo dia ou em poucos dias úteis. Além disso, os custos associados ao resgate antecipado são menores. Nesse caso, o ativo pode ser convertido em dinheiro com facilidade e agilidade.
O risco de liquidez pode ser causado por inúmeros fatores, tais como:
1- Má gestão financeira: falhas na gestão do fluxo de caixa, na previsão de necessidades futuras de liquidez e na avaliação adequada dos riscos financeiros podem levar a uma falta de liquidez.
2- Mudanças nas condições de mercado: alterações nas condições econômicas, nas demandas dos clientes, nas taxas de juros, nas condições do mercado financeiro ou em regulamentações podem impactar a disponibilidade de fundos líquidos.
3- Eventos imprevistos: desastres naturais, crises financeiras ou pandemias, podem afetar negativamente a liquidez das organizações.
4- Dependência excessiva de fontes de financiamento específicas: se uma empresa confiar em uma única fonte de financiamento e essa fonte se tornar indisponível ou restrita, isso pode levar a problemas de liquidez.
A gestão adequada do risco de liquidez é fundamental para a sobrevivência e o sucesso de uma empresa. Isso envolve a implementação de estratégias para monitorar, medir e mitigar os riscos associados à falta de liquidez.
Projeções de fluxo de caixa, diversificação das fontes de financiamento, manutenção de reservas de liquidez, estabelecimento de políticas de gestão de caixa e o desenvolvimento de planos de contingência para enfrentar situações de falta de liquidez são ações que devem ser implementadas pelas empresas.
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